29 de agosto de 2006

Não Apetece

Não me apetece mais divagar
Sem rumo, em qualquer lugar.
Não me apetece mais continuar,
A preguiça tomou conta de mim.
Se o que quero é sonhar,
Porque não faço nada
Para me realizar?
Hoje não me apetece ter vontade!
Nem hoje, nem amanhã...
Hoje só me apetece ficar
Na saudade.
Mas tão contrária
Pode ser a vontade,
Não apetece fazer nada,
Que por si só já é uma vontade!!

SUSANA CUNHA

21 de agosto de 2006

LÁGRIMAS...SÃO GOTAS

Curioso...
Num momento de inspiração, ao desabafar a irritação de hoje, deparei-me que há aproximadamente um ano, havia escrito algo sobre o mesmo assunto: «LÁGRIMAS». Aliás, já havia aqui colocado esse poema.
Poderia dar o título de «LÁGRIMAS II» mas a história por detrás deste poema é diferente do «LÁGRIMAS» já que nesse, recuperava duma fantasia perdida.


LÁGRIMAS...SÃO GOTAS
Lágrimas...
São gotas que transportam
Um sonho desfeito,
São gotas que mostram
A tristeza que há no peito,
São gotas que não nos dizem
Nada de jeito
Pois a razão está magoada
Com tanta indiferença
De palavras e sentimentos.
As lágrimas...
São apenas gotas que exibem
Os nossos tormentos,
Os nossos descontentamentos...
Contudo, as lágrimas,
Também podem ser
Gotas de alegria
Dum sonho conquistado
Ou de um amor reencontrado.

SUSANA CUNHA

19 de agosto de 2006



Porque é que ao mínimo percalço, pensam logo que pretendemos desistir? Não é verdade.
Nunca falei em desistir, embora as vezes tenha vontade de o fazer. Se mostro as minhas inquietudes, não é para me dizerem se eu quero desistir. Apenas quero que me oiçam, é o meu desabafo. E se não querem que eu desabafe, então ajudem-me a mudar as coisas, não me mostrem a maneira mais simples para resolver os problemas, porque não é desistindo que os resolvemos. Ao desistir, os problemas vão sempre continuar, pois nunca ninguém vai fazer nada para os resolver.
Parece estranho eu estar a dizer isto, eu que sou apologista da maneira mais rápida e simples de resolver as coisas. Nunca gostei de complicações, nem de confusões. Mas, como sou teimosa, não gosto de desistir, mesmo quando tudo indica que não vale a pena insistir. Custa-me admitir que desisti, que não tentei. É só pensar que o máximo que pode acontecer é falhar e termos de admitir que estávamos errados, agora desistir sem tentar?!
É lógico que estou a falar no sentido figurativo, há coisas que não me importo de desistir como por exemplo, faltar a um exame quando não me sinto preparada, entre outras pequenas coisas.
Mas há uma coisa que nunca deveremos de desistir e é da nossa FELICIDADE. Se não gostarmos de nós quem gostará?

18 de agosto de 2006

O MEU MUNDO

Hoje estive a fazer uma limpeza nas gavetas e descobri um caderno onde havia escrito os meus primeiros poemas. Por uns tempos, tive medo que os tivesse perdido para sempre, quando tive um problema no computador e o disco rigído tinha ido à vida. Mas ainda bem que tenho o hábito de guardar os meus poemas manuscritos à mão e de imprimir os que faço automáticamente, no computador.
Este poema, O MEU MUNDO e que também dá nome ao blog, foi o segundo poema que eu escrevi, desde que descobri esta minha vertente poética.


O meu mundo
O meu mundo são as quatro paredes do meu quarto
São quatro cantos fechados entre si.
Só tem uma porta aberta
E uma janela que visualiza o mundo exterior.
Vivo na incompreensão humana
Acabando por me fechar
Nestas quatro paredes e sonhar,
Sonhar para mim
E para o meu mundo.
Só na solidão do meu mundo
É que sou eu mesma,
Sou o que quero,
Sou o que não quero ser.
Não tenho ninguém
Para me dizer o que é errado
E o que devo fazer!
Porque afinal,
Só no meu mundo,
Que são as quatro paredes do meu quarto
É que eu sou eu mesma
E não sofro pressões de terceiros
Porque só aqui eu sou o que sou
E não o que os outros
Querem que eu seja!


Susana Cunha (11/12/1997)

15 de agosto de 2006

HOJE VENHO DIZER-TE OLÁ

Hoje venho dizer-te olá,
Como se nunca tivesse dito antes
Recomeço a nossa história,
Num sorriso como dantes.

Hoje quero ficar a olhar-te,
A sentir-te sem saber quando ir.
E quando a hora chegar,
Alegre vou-te ver partir

Amanhã vou dizer-te olá novamente
E sentir o tempo parar
Vou-me perder nos teus beijos
E também me encontrar.

Mesmo que amanhã não diga olá
Noutro dia irei dizer
Só não sei é quando
Te tornarei a ver....

Quando é que o tempo volta a parar?
Quando é que me perco de novo no teu olhar?


SUSANA CUNHA

As fases do meu mundo novo

Primeiro não se nota nada , até duvidas que tens algo a crescer dentro de ti (até porque  não tens sintomas e andas demasiado ocupada com do...